A história é verídica. E aconteceu num açougue que fica na região central de Curitiba. A mulher perguntou qual era a carne mais barata para bife. O atendende respondeu que era Patinho, e que o quilo custava 11 reais. Ela fez mais uma pergunta: "Essa é a carne mais barata mesmo? Então me veja 2 bifes". Aí foi para o balcão dos frangos, e perguntou sobre o preço do quilo do peito de frango. Seis e cinquenta, respondeu o rapaz do balcão. "Então eu quero um. Não, não um quilo. Um peito de frango". Então tirou o moedeiro da bolsa e juntou o dinheiro da despesa. De duas uma. Ou a mulher estava comprando carne só para ela porque, sei lá, mora sozinha, ou o que tinha na bolsa só era suficiente para comprar tão pouco. A julgar pelo jeito simples de se vestir, pela qualidade do moedeiro, tive que optar pela segunda possibilidade.
E fiquei a pensar: como é que pode alguém ter condições de comprar só dois bifes? Um peito de frango? E quantas e quantas pessoas gastam só isso no açougue? E quando gastam. Realmente, essa coisa de poucos terem muito, e muitos terem pouco, é a maior injustiça desse mundo.
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