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quarta-feira, 11 de maio de 2011

PRECONCEITO NOS SALÁRIOS

A manchete de alguns jornais em 11 de maio: "Diminuiu a diferença entre a remuneração média paga a brancos e negros no Brasil". Aí você imagina que houve uma queda de 15 ou 10%, mas não. Em 2009 esse índice era de 47,98%. E em 2010 fechou em 46,4%. Diferença minúscula. A manchete deveria ser então: "Continua grande a diferença entre......". 




Gente, é MUITO ALTA ainda essa diferença. Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho, que também esclareceu que a redução se deve ao reajuste concedido no ano passado. Trabalhadores brancos tiveram aumento de 2,47%, e os negros, 3,58%. Para os pardos, o aumento foi de 3,05%. 

O levantamento aponta que a maior disparidade salarial entre negros e brancos ocorre na faixa de trabalhadores com nível superior completo. Os negros têm um rendimento 70% do dos brancos.

Mulheres negras receberam em 2010 o menor salário médio no Brasil: R$ 944,53. As pardas, R$ 1.001,52. O salário médio das mulheres brancas foi R$ 1.403,67. No caso dos homens brancos, a média salarial foi de R$ 1.891,64. Os pardos receberam R$ 1.296,39. E os negros, R$ 1,255,72. Esses números referem-se a trabalhadores da iniciativa privada. Não dá pra entender. Não dá pra aceitar. Não tem explicação. Ou tem? Seria só por preconceito? Não, não é possível......


Um comentário:

  1. Esse 'preconceito nos salários' é um reflexo da herança que o Brasil carrega consigo desde a Abolição da escravidão (1888). Ou seja, os negros no Brasil ainda encontram dificuldades/barreiras para ascenderem socialmente, estudar em boas faculdades e etc. O preconceito no Brasil ainda existe, nos últimos séculos ele se configura de forma 'camuflada'. Isso fica claro quando vemos que a grande maioria de homens e mulheres negras - em grande parte jovens entre 18-25 anos - só conseguem 'subempregos', um quadro desolador. Fato é que, infelizmente, algumas pessoas 'esquecem' que vivemos num país miscigenado, e que a cor da pele não significa nada.



    "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele." (Martin Luther King)



    Régis Mesquita

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