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domingo, 26 de junho de 2011

IMPRENSA GUARDOU UM SEGREDO QUE ERA UMA MENTIRA

Sobre a notícia divulgada em tudo quando é veículo de comunicação brasileira, na semana passada, a de que o filho da jornalista Míriam Dutra NÃO é do ex-presidente Fernando Henrique, destaco um texto escrito pelo jornalista Leonardo Attuch. Segundo ele, em 1994, era um repórter em começo de carreira e trabalhava na sucursal brasiliense da revista Veja. 


"Atendendo ao pedido de um dos editores da sucursal da Veja, fui a um hospital em Brasília em busca do prontuário da internação da jornalista Miriam Dutra e do nascimento de seu filho Tomás. Naquele momento, Brasília inteira sabia que FHC tinha um caso fora do casamento com a jornalista da Globo. Mas aquela era uma apuração destinada ao fundo do baú – mesmo que eu conseguisse o documento, ele não seria publicado. Era algo para ser guardado e usado apenas em caso de emergência. 

Mas ninguém pretendia arruinar ali uma candidatura presidencial tão promissora. Já era claro que havia um pacto de silêncio, liderado pela própria Globo, que deslocou Miriam Dutra para Lisboa, onde ela foi devidamente escondida. O curioso foi esse mesmo pacto ter sido preservado durante oito anos de governo FHC e mantido até a morte de Ruth Cardoso. Especialmente porque esse privilégio não foi concedido a nenhuma outra figura pública. Ele só reconheceu a paternidade de Tomás, em 2009, num acordo registrado num cartório em Madri.

E agora, de repente, descobre-se que todos foram feitos de idiotas: o próprio FHC, os barões da imprensa que preservaram o caso e os jornalistas que se autocensuraram. Goebbels dizia que uma mentira mil vezes repetida se torna verdade. No Brasil, descobre-se que uma verdade mil vezes ocultada era apenas uma mentira".

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